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Será que o ar-condicionado gasta muita energia?

Dufrio Refrigeração

26 set 2017

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Com tanta tecnologia envolvida, Selo Procel ajudando na hora da compra e várias informações sobre o uso racional da energia ainda tem muita gente que acha que o ar-condicionado gasta muita energia. E será que não é mesmo? Por serem várias dúvidas a respeito do assunto nós decidimos fazer um post para responder a todas elas – e aproveitar para dar algumas dicas de como economizar energia de verdade, com pequenas mudanças de hábitos no dia a dia. Afinal, são várias os fatores que podem influenciar no consumo do ar-condicionado e na conta de luz em geral – e que podem ser evitados.

Instalação errada aumenta o consumo de energia do aparelho

A instalação correta é fundamental para que o ar-condicionado funcione plenamente, com toda a sua capacidade. Quando ela é realizada por curiosos ou de forma diferente daquela indicada pelo fabricante, o funcionamento é prejudicado, consumindo mais energia. Lembre-se sempre de que a instalação só deve ser realizada por um técnico qualificado e a energia do aparelho deve estar de acordo com a instalação elétrica da casa.

A condensadora, por exemplo, precisa ser instalada em ambiente externo, em local com circulação de ar. Se houver retorno ar insuflado, o ar-condicionado gastará muita energia para refrigerá-lo novamente.

O Ar-condicionado gasta muita energia quando a manutenção é falha

Se você acha que o ar-condicionado consumindo muita energia, pode ser por alguma falha na manutenção do aparelho. Quando os filtros estão sujos ele precisa puxar mais energia para sugar o ar, o que acarreta em um gasto maior na conta de luz. Isso também prejudica a própria performance do aparelho, já que ele tem que trabalhar mais para tentar manter a temperatura escolhida.

Por isso, se notar que o ar-condicionado está gastando muita energia, pense se tem lavado os filtros com a frequência adequada: uma vez por mês para aparelhos que não trabalham muito e a cada 15 dias em locais de muito movimento. Além disso, é preciso que uma vez por ano seja feita uma limpeza profunda com um técnico especializado, inclusive com a substituição do filtro, cuja vida útil é de seis meses a 1 ano, dependendo do uso.

Capacidade do aparelho inadequada ao tamanho do ambiente

A diferença entre as quantidades de BTUs – as unidades usadas para medir a capacidade do ar condicionado – existe para que o aparelho possa climatizar mais eficientemente ambientes diversos tamanhos. Quando o ar-condicionado gasta muita energia, pode ser que ele seja potente demais para o tamanho do ambiente.

Por outro lado, se a capacidade térmica do aparelho for inferior ao que o ambiente necessita, como por exemplo em lugares mais amplos, normalmente necessitam de ares condicionados com capacidades maiores, dessa maneira condicionador de ar terá que trabalhar em excesso para manter a temperatura escolhida, havendo mais liga e desliga do compressor do que seria necessário e criando picos de luz que encarecem a conta no final do mês.

Para escolher o aparelho certo para o ambiente, a dica é usar uma calculadora de BTUs. Também existem no mercado os ares condicionados Inverter, uma tecnologia no qual o compressor se mantém ligado constantemente, sem oscilação da temperatura nem criando picos de energia. Em relação aos demais ele chega a ser até 60% mais econômico. além disso ele proporciona maior conforto térmico e menos ruído, justamente por causa da constância do compressor.

Alguns hábitos também influenciam no consumo de energia do ar-condicionado

Todos nós temos hábitos que são difíceis de deixar, alguns deles nós sequer sabemos que existem ou que são prejudiciais à saúde ou à conta bancária. No caso da economia de energia elétrica, eles podem ser vários. Por isso se você acha que o ar-condicionado gasta muita energia, vale prestar atenção se não é o seu caso.

  • Ligar e desligar o ar refrigerado cada vez que entrar ou sair do cômodo consome muito mais energia do que deixá-lo ligado, principalmente se for dicar fora por pouco tempo. A diferença brusca de temperatura ao começar trabalhar novamente faz com que o aparelho tenha que  repor as perdas térmicas, acionando os picos de consumo por causa do liga e desliga.

Aqui, mais uma vez a dica é a tecnologia Inverter, cujo circuito inteligente de climatização faz com que o compressor diminua a velocidade, mas não se desligue totalmente ao atingir a temperatura desejada, poupando energia. Para quem não tem ar condicionado com essa tecnologia, a dica é mantê-lo ligado na temperatura considerada de conforto térmico, em 23ºC.

  • Manter aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos na tomada em standby pode acrescentar até 20% na conta de luz – inclusive o ar condicionado. Por isso, se não for usá-lo por longos períodos, como no inverno ou em casas de veraneio, desconecte o plug da energia elétrica. Esse período ocioso, no entanto, não interfere no tempo de manutenção, que permanece o mesmo ainda quando o aparelho não está sendo utilizado.
  • A temperatura ambiente interfere no consumo de energia. O ar-condicionado gasta muita energia quando trabalha em extremos – mínima (arrefecimento) ou máxima (aquecimento). Mantê-lo na temperatura média de 23ºC faz bem para a saúde e para o bolso.
  • Não use extensões ou adaptadores de energia. A tensão do aparelho deve estar de acordo com a rede elétrica da casa. Caso não esteja, peça a troca do sistema elétrico na sua concessionária de energia, com a orientação de um profissional capacitado. O uso de extensões pode causar curto-circuitos e até queimar o aparelho. Já o uso de conversores de energia pode prejudicar o funcionamento e fazer com que consuma mais energia do que o necessário. Em ambos os casos o aparelho pode perder a garantia de fábrica.

E agora, já sabe se o ar condicionado gasta muita energia mesmo ou são pequenos hábitos que podem acabar pesando no bolso? Conte para a gente a sua opinião aqui nos comentários.

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