Você já imaginou sua vida sem ar condicionado? Quem nunca entrou em uma loja fugindo do calorão da rua só para sentir o ar fresquinho ou forçou a barra para ir ao shopping por causa do conforto térmico? Hoje é praticamente impossível passar sem ele, mas nem sempre foi assim. Antes mesmo de toda a polêmica do aquecimento global e do efeito estufa um jovem engenheiro americano já sonhava em construir um aparelho que controlasse o clima – e conseguiu. Veja agora quem inventou o ar-condicionado e como esse aparelho revolucionário impactou a indústria, o comércio e toda a sociedade.
Quem inventou o ar-condicionado tinha apenas 25 anos
Provavelmente você nunca imaginou que quem inventou o ar-condicionado tivesse apenas 25 anos, nem que o ar-condicionado fosse uma invenção tão antiga.
Em 1902 Willis Carrier, então um engenheiro praticamente recém-formado pela Universidade de Cornell (EUA), procurou uma forma de resolver os problemas de uma empresa de impressão causados pelo calor do verão nova-iorquino.
Ele imaginou que se pudesse retirar a umidade da fábrica através de resfriamento do ar por dutos artificialmente resfriados conseguiria controlar a temperatura e a umidade do ambiente.
E assim surgiu o primeiro condicionador de ar contínuo por processo mecânico, uma ideia tão boa que logo estava sendo empregada também em diversas fábricas da indústria têxtil.
Quem inventou o ar-condicionado, portanto, acabou revolucionando inclusive a vida dos funcionários, que passaram a ter mais conforto climático em locais anteriormente extremamente quentes. Ou seja, de uma certa forma Carrier impactou também as relações trabalhistas.
Ideia boa, ideia copiada
Mas é claro que o que é bom acaba sendo copiado. Quatro anos mais tarde, outro norte-americano, Stuart Cramer, inventou seu próprio aparelho de climatização para a sua fábrica de tecidos, patenteado com o nome de ar condicionado. Carrier então passou a adotar o termo e o incorporou à sua empresa.
Ao contrário do que se imagina, no entanto, aparelho não se popularizou muito rapidamente – até porque que mesmo quem inventou o ar-condicionado não tinha muita ideia de todo o seu potencial. Para se ter uma ideia, mais de dez anos depois de inventado ocorreu a primeira instalação residencial, em uma mansão de Minneápolis.
Aos poucos a climatização de ambientes foi se espalhando. No mesmo ano, em 1914, Carrier instalou o primeiro ar condicionado em um hospital. O sistema criado por ele produzia umidade extra no berçário de prematuros do Allegheny General Hospital, de Pittsburgh.
Ar-condicionado salva os cinemas da falência
Cinco anos depois o ar-condicionado chegava aos cinemas. O Riviera, de Chicago, anunciava a novidade convidando seus espectadores para sua “fábrica de congelamento”.
Em 1922 o ar-condicionado atingiu seu clímax. Como nos meses de verão a frequência no cinema caía tanto por causa do calor que várias salas chegavam a fechar suas portas. Foi quando o Grauman’s Metropolitan Theatre, em Los Angeles, decidiu adotar o aparelho.
Dois anos depois foi a vez do cinema Tivoli, mas com certeza quem inventou o ar- condicionado não imaginou que algum dia as pessoas chegariam a fazer fila na porta – mais para aproveitar o ar geladinho que para assistir ao filme.
Aparelho ganha popularidade cada vez maior
Logo o comércio percebeu que o ar-condicionado ajudava a atrair a clientela. Em 1923 três aparelhos foram instalados na primeira loja de departamentos, em Detroit, atraindo verdadeiras multidões de consumidores. Logo depois ele começou a chegar aos escritórios, em 1928 à Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, um ano depois ao Senado americano e nos escritórios executivos da Casa Branca em 1930.
A essa altura Carrier já fazia aparelhos domésticos, mas foram os vagões da ferrovia B&O os primeiros veículos de passageiros com condicionadores de ar, também em 1930. Só nove anos mais tarde os sistemas HVAC apareceram nos automóveis; caros, enormes e relativamente ineficazes.
A Segunda Guerra Mundial, no entanto, chegou para acabar com o boom do ar-condicionado. Como já era de se esperar, assim como de outros itens as vendas do aparelho despencaram.
Quando a guerra finalmente chegou ao fim, em 1945, o mundo começou a se normalizar. A necessidade de esquecer os anos de terror e celebrar a vida e o conforto trouxeram novos dias de glória ao ar-condicionado.
O ar condicionado caseiro se popularizou cada vez mais, influenciando também a arquitetura. Na Flórida, por exemplo, hotéis eram construídos com janelas pequenas e pé direito baixo para melhor aproveitar a climatização dos aparelhos de ar condicionado ligados à toda potência.
Para se ter uma ideia, em 1952 a primeira produção em série de unidades centrais de ar-condicionado para residências, feita pela Carrier, teve seu estoque totalmente vendido em apenas duas semanas. Cinco anos depois a empresa introduzia no mercado o primeiro compressor rotativo o que reduziu o tamanho do aparelho e tornou mais leve e silencioso.
Vendas de ar-condicionado aumentam 112% em um ano
Daí em diante a tecnologia não parou mais de avançar, trazendo novidades praticamente todo ano. Hoje, o queridinho é o split, mas a verdade é que as vendas de ar condicionado de todos os tipos chegaram a aumentar 112% no último ano (2016), segundo a Associação Brasileira Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). Com certeza um sucesso que quem inventou o ar-condicionado nunca imaginou que fosse tão grande.
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